"APAC de Manhumirim não está em funcionamento por falta de repasse do Estado"

por Assessoria de Comunicação publicado 25/11/2019 09h55, última modificação 25/11/2019 09h54
Presidente da Associação que objetiva recuperar detentos pediu apoio na tribuna da Câmara
"APAC de Manhumirim não está em funcionamento por falta de repasse do Estado"

Renata Elisa Portes, presidente da APAC alertou sobre a grave situação de obra cara e parada.

A presidente da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Manhumirim, Renata Elisa Portes foi à tribuna da Câmara pedir apoio aos vereadores. O que ela contou é motivo de preocupação, porque apesar de ter sido inaugurada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais desde o dia 7 de junho de 2019, na presença de autoridades do Município e região, a APAC de Manhumirim está de portas fechadas por falta de verba do Estado para seu funcionamento.   

Renata é presidente da Associação e lidera a luta pela implantação do método de recuperação de detentos há 14 anos. Ela disse que uma obra que custou em torno de 3 milhões e 419 mil reais não pode se tornar um “elefante branco”.

“Eu me sinto triste e hoje vim pedir socorro. Após a inauguração começou a tramitação do convênio de custeio que seria para contratar funcionários e transferir os recuperandos lá para cima, mas o Estado vem se omitindo o tempo todo sobre este convênio”, disse Renata.

Ela contou que o Estado pediu a prestação de contas e como ela é feita há muitos anos, foi enviado o restante que faltava na mesma semana. Também foi pedido o convênio pronto, o que foi atendido rapidamente.

Mesmo diante disto, a situação continua, como disse Renata na tribuna: “Até então o Estado sequer responde para a APAC de Manhumirim porque ela ainda não está aberta. Quando a gente vai lá eles sempre marcam data à frente, mas nada acontece. Temos um patrimônio lá, com padaria, carro, móveis, computadores que não pode ficar sozinho e o Estado não se posiciona.”

Renata também disse que o presídio hoje tem cerca de 300 presos atualmente e a capacidade dele é de menos de 200. “Funcionários fizeram processo seletivo, não falta mais nada, apenas o recurso para funcionar. Vou também nas outras câmaras da região, porque temos contas mensais, contas atrasadas com vigia, água cortada, luz sem pagar, por falta do dinheiro”, desabafou.

Os vereadores disseram que vão procurar autoridades do Estado para ajudar a resolver.