APAE de Manhumirim leva reivindicação à Câmara

por Assessoria de Comunicação publicado 01/07/2019 17h30, última modificação 01/07/2019 17h51
"Pedimos apoio junto ao Executivo porque precisamos de regularidade e dia certo para pagamentos do convênio com o Município"
APAE de Manhumirim leva reivindicação à Câmara

Jorge Luis Silva falou na tribuna e pediu apoio aos vereadores.

Durante a última reunião da Câmara, na quinta-feira, representantes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, APAE de Manhumirim foram à Câmara pedir apoio aos vereadores para que os repasses do Município sejam feitos com regularidade e em dia.

APAE 3Falou na tribuna popular Jorge Luis Silva: “A APAE vem enfrentando dificuldades nos últimos meses. Não viemos aqui para cobrar, até porque na terça-feira de manhã uma parte foi resolvida com a Prefeitura, mas viemos em busca de apoio desta Casa para termos mais apoio, não só para a APAE mas as outras entidades. Que os pagamentos assumidos com os contratos sejam pagos com regularidade para que possamos nos programar e pagar a folha, sem imprevistos”, disse.  Jorge também afirmou que a direção da Associação está pronta para conversar e negociar valores, mas que seja sem atrasos muito grandes, porque eles têm compromisso com funcionários, com atendimentos que fazem às famílias.

Ele contou que a escola especial atende em torno de 99 pessoas de Manhumirim. E também recebe alunos de outros municípios que pagam per capta e os pagamentos destes municípios estão em dia. O vereador Sérgio Borel destacou a importância do trabalho da APAE e perguntou se os municípios que têm convênios com ela, como Alto Caparaó, Martins Soares, Alto Jequitibá e Durandé estão em dia. Jorge disse que sim e explicou: “A Prefeitura de Manhumirim fornece três professores para trabalhar na entidade e a APAE paga mais 6.  Este convênio é para pagar professores, secretários e serviço geral, trabalho difícil que paga salário mínimo”.

Jorge pediu aos vereadores que ajudem a defender as pessoas com deficiências intercedendo junto ao Executivo Municipal. E explicou que neste tipo de causa as associações fazem muito mais que os governos e o trabalho é essencial para muitas famílias. Jorge disse que a Associação tem buscado outros meios de obter ajuda, mas considerou importante procurar também o Legislativo Municipal. "A APAE não pode parar", disse emocionado, "são 45 anos de trabalho apaeano".

APAE 4Também falou na tribuna Tarcísio Corrêa que agradeceu aos vereadores pela recepção e completou dizendo que o convênio é de 180 reais por aluno atendido e que há na região outras APAEs que recebem por cada aluno um salário mínimo. 

"Estamos com os valores defasados e no entanto com ajuda das pessoas que comovem a gente, trabalham com amor e carinho, o trabalho continua", disse. Ele explicou porque estão procurando as autoridades: “Conversamos com o prefeito porque temos dois meses atrasados referentes a 2017, temos mais 7 meses sem pagar de 2018 e neste ano de 2019 recebemos dois meses, mas estamos desde janeiro sem receber e ficou incorporado o atraso dos outros meses deste ano, ou seja, ficamos sem este repasse e nos trouxe muito sufoco. Quando vamos lá não estamos pedindo favor, temos direito porque foi assinado um contrato de prestação de serviço”, disse Tarcísio. Ele afirmou que o ato deles nada tem a ver com política, mas sim com a APAE. 

Benísio 27 jun 19O vereador Benísio disse que a APAE de Manhumirim tem um repasse pequeno, é pouco e a APAE é modelo para outras e Jorge confirmou que ela é realmente referência, sendo que em Minas há pouco mais de 100 casas que prestam este serviço, inclusive através do SUS. “Temos que ver a possibilidade de aumentar os valores de Manhumirim e dos outros municípios”, sugeriu o vereador Benísio. 

Ana 27 jun 19

 

A vereadora Ana Paula Destro defendeu o cumprimento do contrato: “A partir do momento em que o prefeito assina o convênio a obrigação é manter porque foi aprovado um orçamento contando com este valor”, disse a vereadora.

Xandinho 27 jun 19

 

 

 

 

O vereador Xandinho disse que os convênios com as entidades têm sido firmados em abril ou maio nos últimos anos e por isto o valor total é diluído por apenas 8 meses, ficando mais caro e que não se pode abrir mão do trabalho da APAE: “O nosso Município não está preparado para receber nas escolas municipais as crianças da APAE. Os monitores podem ser bons, mas não têm experiência neste tipo de trabalho e trabalhar com estas crianças é para quem tem muito amor pela causa.”   

Ele lembrou da dedicação e o carinho de Maria Vidal, já falecida: “Maria dizia que a APAE era a vida dela e que não trabalhava pelo dinheiro, porque se fosse para trabalhar pelo salário ela iria embora”, relembrou o vereador Xandinho sob aplausos das pessoas presentes no plenário da Câmara acompanhando a reunião.

Dedé 27 jun 19O presidente Anderson Dedé agradeceu a presença de todos da APAE, direção, funcionários e famílias de alunos: “Sinto muito orgulho da APAE, tenho familiares que trabalham lá, inclusive meu tio é o presidente atual e quero dizer em nome da Câmara que estamos de mãos e corações abertos para vocês”.