Aprovada em turno único denominação da “Ponte Christiano Rossignolli

Os vereadores aprovaram em apenas um turno de votação o Projeto de Lei nº 18, de autoria do vereador Jésus Aguiar, que oficializa o nome da ponte conhecida como “Ponte da Audisma” de “Ponte Christiano Rossignoli”. O nome faz homenagem ao Senhor Christiano que foi o construtor da ponte e marcou história na cidade como construtor de vários imóveis. Ele evitou que o rio fosse desviado para ser feita a ponte, como queriam os engenheiros da época, a mesma que agora leva seu nome.

Trabalhou em várias áreas da construção civil deixando um legado de obras na história de nossa cidade e também em outros municípios. Para exemplificar, foi ele quem comandou a construção do salão nobre do Colégio Santa Teresinha, local de tantas apresentações artísticas, palestres e eventos variados.

Conheça a história de CHRISTIANO ROSSIGNOLLI 

Senhor Christiano Rossignolli nasceu em 30 de janeiro de 1904 na cidade de Varginha-MG. É filho de Victório Rossignolli e Luiza Comunhão. Dedicou sua vida à construção e trabalhos arquitetônicos de acabamentos diferenciados. Podemos citar alguns destes trabalhos de destaque estadual, a saber: Loja Maçônica de Varginha, Igreja Matriz de Campos Gerais (medalhas de santos replicadas nas paredes em alto relevo ), Salão Nobre da Escola Normal de Andrelândia, Salão Nobre da Escola  Normal Santa Terezinha, Manhumirim, Escudo na lateral do Colégio Santa Teresinha ( tanto o salão nobre e o escudo, foram feitos a mão por ele), construção da parte nova da mesma instituição, Colégio Nossa Senhora das Graças em Patos de Minas, Casa Central das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora em Belo Horizonte, Casa Paroquial de Manhumirim, Reforma da Loja Maçônica de Manhumirim, Hotel Caparaó Parque Hotel.  Também fez inúmeras construções particulares em Manhumirim e região.

Quando ainda morava em Varginha, ficou viúvo de Maria Rossignoli. Com ela teve 4 filhos; Evantuir Rossignolli, Hélio Rossignolli, Aurora Rossignolli e por adoção Ione de Paula Carvalhal. Destes filhos apenas Ione é viva. Veio para Manhumirim, a convite da superiora Geral das Irmãs Sacramentinas, Irmã Maria das Dores, em 01 de setembro de 1956 para a construção do colégio e salão nobre.  Casou-se em 30 de janeiro de 1957 com Maria Furtado Rossignoli, fixando residência em Manhumirim. Desta união nasceu Maria Cristina Rossignoli Emerick. Com o casamento de Maria Cristina com Eron Guilherme Emerick, nasceram 03 netos: Eron Guilherme Emerick, Luanne Rossignoli Emerick Heins e Guilherme Rossignoli Emerick. 

Senhor Cristiano trabalhou como Construtor Licenciado do CREA sob o nº 1947. Foi aprovado nas provas deste conselho com nota máxima, obtendo assim seu registro, podendo projetar, assinar plantas, executá-las e ter placas em obras. Cito esse fato, porque ele foi reconhecido pelo CREA, e sua escolaridade era apenas de 4ª serie primária, o que seria hoje o 5º ano do Ensino Fundamental.

Tinha um talento nato para arquitetura e cálculos estruturais, os quais fazia "de cabeça", deixando admirados os engenheiros da região que sempre o procuravam para tirar dúvidas e lhe pedir opiniões. Foi por muitos anos "Encarregado de obras" da Prefeitura Municipal de Manhumirim, a saber nos anos de 1978, 1979,1980 a 1985. Neste período foi responsável pelas obras dentro da sede do municipio, escolas e pontes na zona rural.

Foi ele o responsável pelo projeto e execução da Ponte, que deverá levar seu nome, e há nisso um fato muito importante; Os engenheiros que a prefeitura incumbiu a tarefa da construção, falaram que não fariam a ponte SEM DESVIAR O RIO. Então vieram até o sr. Christiano, que prontamente falou: - Faço sem desviar o rio. Todos ficaram atônitos, e o Prefeito da época (Antônio Franco Cesário ou Jorge Caetano) e o Sr. Antônio Mendes, acreditaram e confiaram a ele a construção da ponte. Como todos podem comprovar, a ponte foi construída e sem desviar o rio de seu leito.

Senhor Christiano Rossignolli, viveu de maneira a ajudar com seu talento e recursos financeiros aos menos favorecidos, doando muitas vezes até mesmo material de construção, aos mais carentes, que sonhavam em construir suas casas. Nesses casos, ajudava com material e não cobrava honorários. 

Faleceu em Juiz de Fora, na Santa Casa, em 6 de agosto de 1987. Está enterrado em Manhumirim. A família se sente muito feliz com essa iniciativa, que deixará registrada a passagem e o trabalho dele em nossa cidade para as futuras gerações.

(Histórico escrito pela filha, Cristina Rossignolli Emerick, que relembrou com carinho a história do pai e a contribuição dele para Manhumirim e outros municípios)