Comunidade da Mangueira leva à Câmara perguntas e reivindicações

por Assessoria de Comunicação publicado 22/11/2017 14h20, última modificação 22/11/2017 15h00
Na tribuna, representante da comunidade Remisson Hott e professor de Capoeira Abraão Santos: “Em nosso bairro quero prevenção, antes que aconteça o pior”
Comunidade da Mangueira leva à Câmara perguntas e reivindicações

Remisson Hott, de óculos, com a esposa, professor Abraão, de preto e alguns integrantes do Grupo Poca Sombra.

Os vereadores receberam, na reunião da Câmara, o presidente da Associação do Bairro Mangueira Remisson Hott e o professor de Capoeira Abraão Santos. Eles fizeram uma pergunta aos vereadores, para que eles procurem saber e os ajudem: Por que o local onde deveria funcionar o Centro Tecnológico do Bairro Mangueira, o Centro Dalva Pacheco Martins está ocupado por uma empresa particular e não serve à comunidade? Eles também foram divulgar o trabalho do Grupo de Capoeira Poca Sombra e alertar para a necessidade de mais investimentos não só no grupo, mas em outras atividades para evitar que, por falta de perspectiva de um futuro melhor, crianças e jovens sigam o caminho da criminalidade. Segundo Abraão disse, o grupo tem de 65 a 80 participantes, crianças e jovens de famílias carentes.

Durante sua fala na tribuna da Câmara, Abraão desabafou: “Esta semana eu treinei capoeira com meus alunos na rua, na frente do Centro Tecnológico. Fechado e a gente na rua? A Capoeira nasceu da pobreza, da escravidão, mas hoje estamos em outros tempos. Eu queria mais um pouco de atenção não comigo, mas para meus alunos, mais dignidade para eles. No centro da cidade tem uma pracinha bonita, mas e em nosso bairro? O que é que tem? Soube que vai ser feita uma quadra e quando fizer vamos agradecer. O bairro da Penha, por exemplo, agora tem atividades, mas depois que passou a enfrentar sérios problemas. Em nosso bairro quero prevenção, antes que aconteça. No Bairro Mangueira ainda não tem grandes problemas, mas pode ter, se não tiver esportes, atividades. O Centro Tecnológico é bom, vamos somar, mas pode academia de capoeira, também dança, arte, música, cultura, são pequenas coisas que fazem a diferença.”

Segundo Remisson a Capoeira tem patrocínios e o professor está buscando espaço para os alunos treinarem. Ele afirmou que em torno do Centro Tecnológico há um terreno maior: “Lá no Centro Tecnológico, tem computadores e procuramos o prefeito, pois ele apoia o Grupo de Capoeira Poca Sombra e cedeu o espaço, mas ao redor desta obra tem 686 metros que dá para construir local para a Capoeira”, explicou Remisson.

Quanto ao lugar para treinar, o professor Abraão afirmou que tem de ser na comunidade: “Já me disseram para dar aula no Poliesportivo, mas não quero. Tem aluno que chega lá na comunidade para a capoeira e o chinelo dele é preso com arame. Vamos olhar por aquela gente lá. Aqui está todo mundo bonito, no conforto, mas e lá? Vamos dar valor ao esporte para prevenir problemas maiores. Não quero lugar aqui embaixo no centro, quero trabalhar no foco dos problemas. É lá que precisa”, disse Abraão. Ele contou que busca patrocínios que ajudam, mas as dificuldades atrapalham: “Consegui uniformes para mais de 40 crianças. Também tivemos um passeio no Parque Sagui, almoço de confraternização entre nós, com esforço da comunidade e com parcerias. Mas a gente perde evento porque não consegue carro para ir. Há 8 meses estamos lá. Se alguém tiver intenção de ajudar, me procura lá.” Ele agradeceu o convite do presidente da Câmara para falar na reunião. O vereador Roberto Bob, que é morador da Mangueira, já ajudou o grupo e também o presidente Sérgio Borel.

Abraão contou, ainda, que um patrocinador cedeu um espaço para a capoeira e eles vão ter esta ajuda, mas independente disto eles querem que o Centro Tecnológico seja aberto para utilização da comunidade, porque atualmente a chave está com um funcionário da empresa privada. Remisson Hott pediu aos vereadores: “Olhem este projeto nosso lá, porque os empresários estão dispostos a nos ajudar e o prefeito Luciano Machado disse que vai ajudar ainda mais. Este trabalho é gratificante e já está sendo conhecido em outros municípios que convidam o grupo.  Porque aquela empresa tomou conta de um espaço que é da comunidade? Eu tenho uma planta do local e em frente tem um lote que foi doado pelo Senhor Renato Albuquerque e o Renatinho passou este papel para mim.” 

O vereador Roberto Bob lembrou que aquele centro foi feito na gestão anterior, como também foram feitos nos bairros Lourdes, Santa Rita e Penha, mas só este último está funcionando: “Eu acho que se tem um espaço grande, vamos fazer mais um salão para ampliar sem acabar com aquele ali, porque pode ter a computação. E não podemos olhar somente para o Mangueira, mas para os demais, já que não sei porque pararam de funcionar, se por problemas técnicos. A atual gestão é recente e ainda não teve tempo de resolver. Pode contar comigo”.  O vereador Benísio Enfermeiro se comprometeu a ir lá para saber que empresa é esta, ver a documentação desta empresa. O presidente Sérgio Borel agradeceu a presença do Remisson e de Abraão e disse que a Câmara está sempre de portas abertas para a comunidade.

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Pres. da associação Remisson Hott: "Por que o local onde deveria funcionar o Centro Tecnológico do Bairro Mangueira, o Centro Dalva Pacheco Martins está ocupado por uma empresa particular e não serve à comunidade? "

 

 

 

 

 

 

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Professor Abraão: "Não quero lugar aqui embaixo no centro, quero trabalhar no foco dos problemas. É lá que precisa”

Vereador Roberto Bob: "“Eu acho que se tem um espaço grande, vamos fazer mais um salão para ampliar sem acabar com aquele ali, porque pode ter a computação. E não podemos olhar somente para o Mangueira, mas para os demais, já que não sei porque pararam de funcionar, se por problemas técnicos."

Presidente Sérgio Borel: "A Câmara está sempre de portas abertas para a comunidade."








 

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