Diretor do presídio de Manhumirim recebe Moção de congratulação na Câmara

por Assessoria de Comunicação publicado 18/05/2019 16h15, última modificação 18/05/2019 16h24
“Não é preciso preocupar com a localização do presídio”, disse ele na Tribuna
Diretor do presídio de Manhumirim recebe Moção de congratulação na Câmara

Diretor-geral do presídio de Manhumirim Antônio Pataro Junior recebeu a moção da autora, vereadora Elaine Freire.

Moção Pataro 4Na reunião da Câmara (16/05) os vereadores receberam o diretor-geral do presídio de Manhumirim Antônio de Pádua Pataro Junior para a entrega da moção em sua homenagem pelo trabalho desenvolvido no presídio, tendo assumido o cargo há apenas 10 meses. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Processual Penal, já foi diretor-geral do presídio de Mariana. Ele foi à Câmara acompanhado de funcionários, Assistente Social e agentes que integram a equipe, agradeceu aos vereadores, toda sua equipe e falou sobre a situação do presídio.

O presidente da Câmara Anderson Dedé o parabenizou e disse que o Legislativo está à disposição para o que for preciso. A vereadora Elaine, autora da moção, também fez agradecimentos: “Agradeço ao Antônio, a Assistente Social Irene, porque sou sempre muito bem recebida na unidade prisional e aos vereadores pela aprovação desta moção”. O vereador Roberto Bob disse que o trabalho é difícil, mas tudo que é feito com dedicação tem sucesso. O vereador Sérgio Borel destacou o fato do diretor reconhecer a importância do trabalho dos funcionários e agentes.

Sobre a localização do presídio

O diretor aproveitou a fala na Tribuna para esclarecer sobre a preocupação levantada em outra reunião da Câmara a respeito da localização do presídio, que fica no centro da cidade, ladeado pelo Fórum da Comarca, comércios e residências, inclusive um posto de gasolina.   

Ele explicou que não é exclusividade de Manhumirim ter uma unidade prisional no meio urbano e que o Estado já chegou a ter 202 unidades, tendo atualmente 197 unidades prisionais, a maioria, de 150 a 160 no centro ou próximas ao centro da cidade. “A nova administração elevou as cadeias públicas à condição de presídios e implementou ações e medidas para cuidar da segurança”, afirmou.

Como era o sistema prisional no Estado e o que mudou

Antônio contou que com a criação da antiga Secretaria de Defesa Social o Estado passou a assumir as antigas cadeias públicas que tinham um número considerável de presos mas não dispunham de número suficiente de funcionários. Naquela época muitos presos já com penas encerradas ou direito a progressão não tinham quem olhasse por eles. O sistema era gerido pela Polícia Civil que também não tinha efetivo na quantidade necessária. “Inclusive em muitas cidades do Estado a cadeia pública era vigiada por servidor da prefeitura nomeado ad-hoc como escrivão de polícia”, relembrou.

Ele seguiu explicando que de 2003 para cá, com a criação da Secretaria de Estado de Defesa Social que hoje é a Secretaria Estadual de Administração Prisional, várias unidades foram assumidas como aconteceu em Manhumirim, e ao mesmo tempo, muitas ações foram implementadas nestas unidades prisionais, que deixaram de ser cadeias públicas para serem presídios. Com o agravamento da crise do Estado algumas foram fechadas e estes presos transferidos para outras Comarcas, como acontece com Manhumirim que está recebendo presos de mais três Comarcas, Mutum, Lajinha e Espera Feliz, somando 12 cidades.

O número de presos e vagas

O diretor também falou sobre a lotação do presídio dizendo que assim como em outras cidades de Minas Gerais o número de presos em Manhumirim é superior a capacidade, mas no Município há um diferencial, porque geralmente são 2,5 presos em vagas e aqui tem um número menor em proporção e percentual, somando cerca de 250 presos para 178 vagas. E disse que a situação pode melhorar mais: “Criamos 6 vagas e estamos concluindo uma cela para mais 15 vagas, não necessariamente para receber mais presos, mas dar mais dignidade para quem cumpre pena, desafogando as celas”, afirmou.

Outras mudanças realizadas no presídio de Manhumirim

Ainda na Tribuna ele contou que nestes 10 meses foi implantada uma nova política, com a valorização do servidor, das famílias dos presos, porque muitas vezes, devido a falta de estrutura da unidade prisional, eles não têm boa assistência. Foi ampliado o muro frontal, instaladas câmeras de segurança, barreiras anti fugas e construída sala para atendimento na portaria.

Foi dito por ele que houve melhoria no atendimento do preso. “Tínhamos uma enfermaria com no máximo 9 metros quadrados e hoje ela tem 20 metros quadrados. E a Assistência Social que era em meio turno passou a ser em tempo integral, atendendo o preso e a família. O médico vai toda semana na unidade prisional para o atendimento”, disse.

Os presos participam do projeto “A Viagem do Prisioneiro” com palestras semanais educativas ministradas para os presos por grupo religioso e o diretor adiantou que já está em conversa com a Superintendência de Atendimento ao Preso para que o Narcóticos Anônimos faça um trabalho no presídio, já que 80% das prisões são relacionadas às drogas.

Ao final o homenageado disse que sempre que a Câmara precisar de alguma informação, quem quiser conhecer o trabalho, está à disposição.

Moção Pataro 1

Vereadora Elaine Freire entregou a moção aprovada na Câmara de sua autoria ao diretor-geral do presídio de Manhumirim Antônio Pataro Junior.

Moção Pataro 2

Funcionários e agentes foram prestigiar a homenagem.

Moção Pataro 5 

O diretor Antônio convidou o diretor-adjunto Lucas para ficar ao lado dele na Tribuna e o agradeceu pela sua força de vontade e a colaboração dos agentes.