Em clima de valorização da família, Praça “Dona Saulita” em frente ao Poliesportivo foi inaugurada
A Praça em frente ao Poliesportivo Públio Nolasco que foi inaugurada na tarde de sexta-feira (22) pela Prefeitura e que rendeu homenagens à Senhora Saulita Vicente Amil, conhecida carinhosamente como “Dona Saulita”, mostrou como é importante a denominação de um local público para preservar a memória municipal e reconhecer as pessoas especiais que por aqui passaram e deixaram um legado de trabalho, honestidade e boa convivência.
A obra pela Prefeitura e denominação pela Câmara
O nome da praça foi aprovado na Câmara e gerou a Lei Municipal nº 1855 de 2022, de autoria dos vereadores Alexandre Nascimento (Xandinho), Anderson Vidal Soares (Dedé), e Mário Junior. E a praça ficou muito bonita, obra realizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Vias Públicas, secretário Flávio Nolasco, gestão do prefeito Sérgio Borel e o vice Sebastião Tristão. O recurso foi parte da Prefeitura e parte de devolução da Câmara na gestão do então presidente Mário Junior (2021/2022).
Estavam os familiares de Dona Saulita, como a neta Rafaela de Fátima Eller, os bisnetos Renato, Maria Clara e Saulita, Solange Nasser, Célio com a esposa Mariles, Sérgio, sobrinhos que prestigiaram o evento ao lado do prefeito Sérgio Borel e sua esposa Wanderléia Faria, do vice-prefeito Sebastião Tristão, Tenente Vítor (PM), o secretário municipal de Saúde Hugo Lopes, de Promoção Social e Cidadania Hélio Mendonça, da Cultura Elizabeth Lemos, da Indústria e Comércio Uélisson Nascimento, da Agricultura e Meio Ambiente Ralph Silveira, da Educação Kelly Genelhu Braga e servidores da Prefeitura. Apresentou a inauguração o secretário de Comunicação Social Valdir Vieira.
Da Câmara estavam o presidente Anderson Vidal Soares, o vice-presidente Alexsandro Souza (Lequinho), os vereadores Xandinho, Sandro Ribeiro e Sargento Edgar. Nos discursos do prefeito Sérgio Borel, do vice-prefeito Sebastião Tristão, na benção do local feita pelo Padre Marcos, a fala sobre a importância da família como apoio para os momentos de desafios e para compartilhar alegrias e a religiosidade que abençoa. O presidente da Câmara Dedé, casado com Rafaela, neta da homenageada, lembrou emocionado de momentos que viveu com ela.
Foi entregue pela primeira Dama Wanderléia uma placa à bisneta Saulita, filha do vereador Anderson Vidal e de Rafaela Eller como homenagem e agradecimento aos familiares da homenageada. Agora os moradores das localidades próximas terão um local agradável.
Um pouco da história de Dona Saulita
A vida de Dona Saulita parece ser apenas mais uma vida normal de lutas e conquistas, mas na verdade, há pessoas como ela que vêm para dar exemplo, cultivar os bons princípios e mostrar que estamos aqui para vivermos corretamente, em família, nos dedicando ao trabalho para beneficiar não só nossos familiares, mas todas as pessoas com quem convivemos. E isto não é pouco, ainda mais em meio a nossa sociedade tão turbulenta, numa época em que os bons valores estão frágeis.
Ela nasceu na cidade de Veado-ES em 1914 no dia 19 de dezembro, dia bem próximo da inauguração da bela praça que levou seu nome. A cidadezinha era pequena, mas depois foi crescendo e atualmente tem o nome de Guaçuí. Os pais de Dona Saulita eram Rafael Vicente de Castro e Elvira Gândara Gonçalves e vieram para Manhumirim quando a filha era ainda pequena.
Aqui Saulita casou-se com Rafael Izidro Vicente Amil e tiveram dois filhos, Hitler e Maria de Fátima vivendo no Bairro Santo Antônio, antigo Bairro do Sapo.
Quem a conheceu conta que ela era uma mulher de batalhadora, trabalhadora, caridosa, que tinha muita fé e muito se dedicava ao trabalho religioso. Além dos afazeres domésticos, auxiliava o marido no comércio que possuíam, vendendo lenha, tijolos, areia e era famosa por vender seus quitutes, como balas, canja de galinha, pudim de pão, pé de moleque, caramelos e cocada assada, que ficaram na memória dos manhumirienses. Onde era a vendinha? Embaixo do Triângulo Hotel, onde hoje fica o Minas D’Or, na Rua João Maroni, centro de Manhumirim.
No ano de 1986 mudou-se para a Avenida JK e fundou a “Casa dos 1001 Artigos” que funcionou até 2006. Chegou o momento da despedida e em 13 de dezembro de 2009 ela faleceu, aos 95 anos bem vividos deixando marcas na história municipal.