Integrantes da ONG APAM foram à Câmara falar das dificuldades
Na sexta-feira (25/06) integrantes da Associação Protetora dos Animais, a ONG APAM, Organização Não-Governamental, foram à Câmara para falar com os vereadores sobre a situação do Centro de Recuperação de Animais que enfrenta dificuldades.
De quem é a responsabilidade de cuidar dos animais abandonados
A responsabilidade de cuidar da guarda de animais abandonados não é da ONG e sim do Município, sendo uma forma de impedir a propagação de zoonoses, que são doenças transmitidas por animais e outros malefícios à saúde pública. É que animais soltos pelas ruas, sejam de pequeno ou grande porte, ficam em contato direto com a população e podem transmitir doenças. Sem falar em outras situações, como acidentes de trânsito e ataques.
A APAM tem ajudado na recuperação dos animais doentes
O objetivo primeiro da APAM é auxiliar cuidando temporariamente de animais doentes em seu Centro de Recuperação para depois de recuperados soltá-los, já que não tem como permanecer com todos os animais em sua sede por tempo indeterminado.
Mas desde que a APAM foi formada, por não ter no Município um local que possa acolhê-los, os integrantes acabaram extrapolando sua função e acolhendo indefinidamente estes animais em sofrimento, por amor à causa. E o pior é que são sempre cobrados por pessoas da população que acham que a ONG tem obrigação de buscar nos locais e cuidar de todos os animais, assumindo o trabalho e os custos.
Mas o custo financeiro para isto é alto, porque é preciso ter alimentação, funcionários, pagar veterinários, remédios e dar manutenção no local de funcionamento. Para manter veículo, todos sabem que há custos, como combustível e outras manutenções. A Prefeitura tem um convênio com a ONG, paga salário de funcionário, mas o valor é pequeno e não cobre o suficiente. A ONG conta com ajuda de voluntários que doam trabalho, ração, remédios e pequenos valores em dinheiro.
Município precisa ter um local adequado para os animais abandonados
O contrato do imóvel cedido pelo Estado onde atualmente funciona o Centro vai vencer no meio do ano que vem. O que a ONG deseja é ajuda do Poder Público para fazer sua parte. A ideia é que a Prefeitura passe a acolher os animais em um local próprio, mesmo porque há também os de grande porte que soltos pelas ruas e estradas, têm dado transtornos e riscos de acidentes.
Uma sugestão dada foi o Município contratar um veterinário para dedicar algumas horas por semana para examinar, esterilizar, castrar e tratar os animais, medida considerada mais barata do que os custos para a Saúde tratar pessoas doentes em consequência do convívio com animais sem cuidados soltos pelas ruas.
“Somos voluntários para ajudar, mas não temos como assumir demanda tão grande”, disseram os integrantes da APAM.