Mestra em Educação de Manhumirim está entre as autoras de livro na bienal do Rio de Janeiro
Rita de Cássia na tribuna da Câmara: manhumiriense representou o Município em evento literário importante no Rio de Janeiro.
O livro “GAYA, A HISTÓRIA DE UMA INDÍGENA SURDA” da manhumiriense Rita de Cássia Silva Sanglard está entre os lançamentos da Bienal do Livro Rio 2023, no Riocentro, Barra da Tijuca, evento literário de grande importância para a cultura, organizado pelo Ministério da Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Shell E Itaú. A editora é a Casa Kids e tem ilustrações de Thiago Valoni. Rita foi à tribuna da Câmara falar sobre esta conquista que encheu todos de orgulho.
A autora esteve no Rio de Janeiro nos dias 8 e 9 de setembro e recebeu o público, autografou o livro com sua simpatia costumeira. Para ter a inspiração ela conviveu com a tribo indígena Kaingang no Paraná e conheceu sua cultura.
“Fui tão longe de Manhumirim porque o projeto faz parte de um trabalho da Universidade Estadual de Maringá no Paraná. Alguém já parou para pensar que há indígenas surdos? Minha história nos faz pensar sobre as diferenças, o amor entre as pessoas, a solidariedade e o respeito à natureza”, disse Rita.
Na tribuna da Câmara
Não foi a primeira vez que Rita esteve falando na tribuna da Câmara. Ela é conhecida por lutar pela causa daqueles que precisam ouvir o mundo de forma diferente, as pessoas surdas. É professora, psicopedagoga, e se destaca especialmente por ser intérprete e professora de Libras, a linguagem de sinais e tem alertado as autoridades e população sobre a necessidade de ter um olhar especial para aqueles que possuem algum tipo de deficiência, especialmente os surdos e que precisam ser acolhidos através de ações que possibilitem defender sua cidadania.
“Uma vez trouxe as pessoas surdas aqui na Câmara e aqui em Manhumirim são mais de 12, para que elas deixassem de ser invisíveis e isto fez com que elas passassem a ser cidadãs. É um momento especial eu representar Manhumirim na Bienal do Livro. Falar sobre a cultura da cidade é importante e escrever este livro é um sonho que tenho desde criança. Quis falar sobre a cultura indígena e sobre a surdez”, concluiu ela já anunciando que está para definir uma data para uma noite de autógrafos em Manhumirim, quando todos serão convidados.
Na Bienal no Rio de Janeiro.