Participação na tribuna popular chamou atenção para o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

por Assessoria de Comunicação publicado 03/12/2024 13h05, última modificação 03/12/2024 13h05
A cidadã Jenice Silva tem um filho autista e desenvolveu um projeto esportivo para atender estas crianças.
Participação na tribuna popular chamou atenção para o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Jenice Silva, mãe de autista na tribuna da Câmara, contou sobre os problemas enfrentados.

Na última reunião da Câmara falou na tribuna popular Jenice Dias da Silva a respeito de um projeto que ela fez para proporcionar atividades para as crianças autistas. Ela tem um filho com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e contou sobre as dificuldades que os pais enfrentam para conseguir tratamento, inclusão nas salas de aula e orientação. A Câmara tem tratado do assunto e há lei municipal voltada para a ampliação e melhora do atendimento a estes pacientes e suas famílias. 

O dia a dia vivido por quem vive esta situação 

Jenice reivindicou agilidade para conseguir consultas, tratamento médico e as medicações necessárias. “As crianças com autismo precisam ser avaliadas de três em três meses, mas não é isto que acontece. E muitas pessoas julgam as mães de crianças autistas, como se elas não educassem seus filhos, por causa do comportamento. As outras crianças também não entendem e os autistas sofrem bullying”, explicou. 

Ela contou que diante destas dificuldades está fazendo faculdade e desenvolvendo um projeto esportivo voltado para estas crianças. Defendeu que os professores sejam mais treinados para saber agir e pediu a aplicação da legislação para beneficiar as famílias que precisam tratar seus filhos. 

Outra sugestão é que na APAE seja permitido ao pai ou a mãe entrarem junto na terapia, para que os pais também sejam orientados sobre como proceder em casa. “Este projeto eu desenvolvi para que as crianças com autismo não fiquem só desenhando de lado na sala e tenham pelo menos uma hora de outras atividades diferentes. Também é preciso capacitar as pessoas da Policlínica, dos locais de atendimento sobre quem tem neurodeficiência, que precisam ter prioridade”, disse Jenice na tribuna. 

O vice-presidente da Câmara Lequinho da Van disse que realmente vive a experiência na família e que solicitou uma consulta para uma vizinha que lhe pediu ajuda para o filho e ainda não conseguiu, após 5 meses. “O médico é em Belo Horizonte e está difícil. Autismo é sério e precisamos encontrar as soluções”. 

Câmara possui projeto e tem debatido o tema 

O vereador Mário Júnior defendeu que a Câmara tem sido sensível a esta situação, já que aprovou a Lei Municipal nº 1.887 de sua autoria que prevê a ampliação do atendimento, garantia, proteção e ampliação dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares. Em abril de 2022 a Câmara convidou a fonoaudióloga Silvina Portugal que falou sobre o Transtorno de Espectro Autista na tribuna para ajudar na conscientização e os vereadores debateram o assunto.

“Aprovamos aqui a lei que foi muito bem aceita pela APAE e o Município aumentou o convênio para este tipo de atendimento, mas a questão é que os municípios estão tendo dificuldades diante de uma demanda tão grande e envolve recurso, achar os profissionais que são poucos. Nós professores estamos na escola todos os dias vendo o número de laudos aumentando, fora os que ainda não têm laudo. Temos associação das mães e é importante estes pais fazerem parte dela.  Aqui na Câmara somos sim, solidários a esta situação e vemos que não tem sido fácil para todos, poder público, escolas, conseguir capacitação, obter verba, é muito para se avançar. Mas este debate tem que acontecer e este espaço ser dado”, reforçou.