Tenente Amilton falou na Câmara sobre o Carnaval, as cavalgadas, os maus-tratos aos animais e reclamações sobre ruas com bares
A 29ª Cia de Polícia Militar e o pelotão responsável pelo policiamento em Manhumirim está novamente tendo à frente Tenente Amilton José Dias. Após 3 anos em Manhuaçu, tendo trabalhado aqui de 2012 a 2017, volta agora e com ele a boa prática de ir ao Legislativo conversar com a sociedade sobre os trabalhos, afinal como dizia o velho guerreiro Chacrinha, “quem não se comunica, se trumbica”. No cargo assumido a responsabilidade de liderar o trabalho de cinco comarcas, incluindo Lajinha, Mutum e Espera Feliz. Em visita à Câmara ele falou na tribuna sobre Carnaval, perturbação do sossego, as cavalgadas, os maus-tratos aos animais, a necessidade das câmeras de vigilância pela cidade e o trabalho em tempos de crise financeira do Estado.
O Carnaval
Na tribuna ele contou que a maioria das prefeituras não vai fazer o Carnaval. Aqui em Manhumirim o Município não vai poder investir, mas o Bloco Mula Atômica, que é da iniciativa privada vai ter sua programação. “Este bloco nunca deu problema para a PM e a gente luta por um Carnaval mais tranquilo possível”, disse o Tenente e explicou que a preocupação é com o limite de horário. “Temos que pensar na condição física dos Militares que se eles virarem a noite não têm condições de trabalhar no dia seguinte. Se a festa vai até às 4 da manhã, tenho que manter policiamento até o pessoal ir para suas casas e isto chega até às 5 horas”, explicou.
Ele também contou que mesmo sem ter festa realizada pela prefeitura as pessoas saem e tem gente que vai para casa embriagado quebrando garrafa, derrubando lixeiras, gerando problemas e é preciso fazer o patrulhamento. “A ideia seria ter um horário limitado, mais adequado, com tempo máximo para a música e o pessoal ir para casa mais cedo. Temos que pensar na segurança pública”, defendeu.
Outra questão apontada por ele é que a cidade recebe muita gente de fora que compra no comércio, vai às cachoeiras e a segurança tem de ser garantida durante o dia.
O vereador Mário Junior disse que foram feitos dois decretos diferentes pela Prefeitura e isto não deixou as regras para o Carnaval muito claras para os comerciantes. “Penso que a falta de comunicação e notificação com todos os interessados dificulta o trabalho da PM.”
Tenente Amilton disse que a PM não tem competência para falar sobre este assunto que é do Executivo Municipal e explicou que não podem fiscalizar alvará, por exemplo, mas informar a prefeitura sobre a falta de respeito ao alvará e encaminhar a situação ao setor competente. Ele também disse que nunca recebeu ofício avisando à Polícia Militar que vai ter um evento, um pagode e seria bom que isto acontecesse: “Temos que trabalhar em conjunto. E seria importante mais fiscalização durante todo o ano em outros momentos porque quando chegasse o Carnaval já seria mais fácil.”
Perturbação do sossego
É comum quando as pessoas estão se divertindo em festas esquecerem de quem não está na festa e mora perto. Tenente Amilton contou que a PM é acionada mesmo durante o dia. “ É o som alto, a urina que pessoas fazem pelas calçadas, brigas e que quem mora perto de bares é incomodado. Teve uma sexta-feira que o 190 ficou ocupado até às 4 da manhã sobre a Teófilo Tostes e temos que trabalhar”, contou.
Ele explicou que a PM não tem como fazer policiamento em todos os eventos porque tem vários pequenos, mas as pessoas precisam se divertir sem perturbar o sossego dos outros e fez um pedido para os donos destas festas: “ Peço que façam o evento de forma organizada e comuniquem à Polícia Militar. Tudo isto envolve a PM, a Polícia Civil, o Ministério Público e a Prefeitura.” A vereadora Ana Paula Destro defendeu que a lei precisa ser igual para todos e afirmou que há bares que são notificados pela Prefeitura sobre os sons altos e outros não.
As cavalgadas e os maus-tratos aos animais
Tenente Amilton alertou que as cavalgadas costumam dar muito trabalho porque não são pessoas que vão a um evento e quando termina vão para casa. “Normalmente eles continuam bebendo, acabam dando problemas e o que nos preocupa são os maus-tratos com os animais. Deixam o cavalo no sol, sem alimento e quem tem animal tem que se preocupar com este cuidado a mais. Fizemos uma reunião com eles e falamos que vamos agir na questão de maus-tratos como crime.”
Ele explicou que a Polícia Ambiental autua somente em caso de maus-tratos de animais silvestres e não os domésticos. E a Polícia Militar não pode agir em cima de lei municipal, isto cabe ao setor competente da Prefeitura. A Câmara de Manhumirim aprovou uma lei de autoria do vereador Jésus Aguiar contra maus-tratos aos animais.
O vereador Jésus Aguiar agradeceu a presença do tenente na sessão da Câmara para dar estas explicações sobre os animais: “ Hoje as pessoas estão começando a compreender que os animais também são criações de Deus e precisam ser respeitados, mas ainda tem os inconsequentes que bebem, maltratam os animais e até colocam em risco a vida dos pedestres, no caso dos donos de cavalos”, disse o vereador.
A vereadora Ana Paula Destro disse que as pessoas não podem maltratar os animais, mas é preciso falar sobre os cachorros que estão pelas ruas em grupos e atacam quem passa de moto ou a pé: “Uma pessoa foi atacada perto do hospital e foi mordida nas costas”, contou. Amilton disse que este problema tem que ser tratado pelo poder público em parceria com outros segmentos e que a PM não pode fazer este trabalho. “Antigamente tínhamos até um caminhão para recolher cavalos pelas estradas, mas hoje não podemos mais, neste caso é o DER.”
Câmeras de vigilância pela cidade
O presidente Anderson Dedé deu as boas-vindas ao Tenente, elogiou o trabalho que ele tem feito e o vereador Mário Junior disse ser importante sua presença, porque a Casa estava há muito tempo sem receber representantes da PM. Ele pediu ao Tenente que reforce o pedido das câmeras de segurança, segundo o vereador, parado no setor de convênios: “É preciso sensibilizar o Executivo sobre esta necessidade”, disse Mário Junior. O Tenente disse que as câmeras são de grande importância para o trabalho, mas câmeras de boa qualidade para captar até números de placas de carros.
Convênio entre o Município e a PM
O vereador Xandinho perguntou como está o convênio do Município com a PM. Amilton explicou que a obrigação de suprir o trabalho deles é do Estado, mas quem acaba fazendo o convênio é a Prefeitura, e como há a crise financeira, em 2018 os repasses de valores não foram feitos por falta de verbas, por isto a PM vai buscar um novo instrumento de contrato.
Tenente Amilton respondeu perguntas dos vereadores e temas variados foram tratados.
Vereador Jésus Aguiar:
“ Hoje as pessoas estão começando a compreender que os animais também são criações de Deus e precisam ser respeitados, mas ainda tem os inconsequentes que bebem, maltratam os animais e até colocam em risco a vida dos pedestres, no caso dos donos de cavalos”, disse o vereador.
Vereador Mário Junior pediu ao Tenente que reforce o pedido das câmeras de vigilância para a cidade junto ao Executivo Municipal.
Vereadora Ana Paula Destro disse que as pessoas não podem maltratar os animais, mas é preciso falar sobre os cachorros que estão pelas ruas em grupos e atacam quem passa de moto ou a pé: “Uma pessoa foi atacada perto do hospital e foi mordida nas costas”, contou. Amilton disse que este problema tem que ser tratado pelo poder público em parceria com outros segmentos e que a PM não pode fazer este trabalho.
Vereador Xandinho perguntou sobre o convênio entre a Prefeitura e a PM.