Vereador alerta que comércio está com menos movimento na época da colheita do café
O vereador Mário Junior disse durante reunião na Câmara que é preciso promover um diálogo com setores de Manhumirim ligados à agricultura e ao comércio na busca de soluções para um grave problema que a economia local tem enfrentado. Manhumirim sempre teve sua economia baseada principalmente no comércio de café. Todos os anos, durante os meses da colheita, o comércio local tinha muito lucro, porque o dinheiro circulava e alavancava as vendas. O vereador alertou que, nos últimos anos, os recursos têm minguado e atualmente o comércio tem lucrado muito menos.
Ele contou que a cada ano aumenta o número de apanhadores de café que vêm de fora, tanto de outras cidades e até de outros estados, levando uma quantia significativa para outros locais e este dinheiro está fazendo muita falta ao comércio local. O motivo seria o fato de os apanhadores daqui cobrarem mais caro, se tiver um trecho da lavoura mais difícil eles não fazem e muitas vezes abandonam o trabalho antes de terminar. Já os de fora, trabalham de segunda a sábado, há até os que trabalham de domingo a domingo, como disse o vereador Frederico Franco, e cobram um valor por todo o trabalho que precisa ser feito.
“Estou fazendo um ofício à ACIAMA, EMATER, à Secretaria de Meio Ambiente, à Secretaria de Indústria e Comércio e produtores de café. A colheita já está sendo feita aqui e se a gente for ao comércio vê que o movimento está menor e a cada ano a gente vai perdendo mais e mais. Precisamos debater e encontrar uma maneira de resolver este desfalque financeiro em nosso Município”, disse o vereador Mário Jr.
Só para se ter uma ideia, ele fez uma conta estimativa e deu como exemplo o cálculo para dois apanhadores de café apenas. Se eles trabalham ganhando 250 reais por dia, de segunda a sábado, como fazem os apanhadores de fora, são 1500 reais para esta dupla. Em um mês são 6 mil 750 reais. Nos quatro meses, média do período de apanhar o café, são 27 mil reais. Se a conta for feita considerando umas 200 pessoas trabalhando, ou seja, 100 duplas, um apanha e outro ajuda, 100 vezes 27 mil somam 2 milhões e 700 mil, sendo que grande parte deste valor deixa de ser gasto aqui, porque os apanhadores são de fora.
“É um dinheiro muito grande. Nosso comércio está precisando de dinheiro. Se não começarmos a nos preocupar e fazermos este levantamento, teremos menos dinheiro a cada ano perdendo para outras cidades”, concluiu.