Vereadores se reúnem com secretário de Indústria e Comércio

por Assessoria de Comunicação publicado 04/07/2018 09h35, última modificação 04/07/2018 09h42
Planejamento de ações, eventos, comércio local, produção de café e PL sobre feiras itinerantes foram alguns dos temas
Vereadores se reúnem com secretário de Indústria e Comércio

Reunião na Câmara com secretário de Indústria e Comércio.

Na manhã de terça-feira na Câmara (03/07) aconteceu uma reunião dos vereadores com o Secretário Municipal de Indústria e Comércio Eleci Teles, que foi acompanhado do advogado Filipe Segall.  O vereador Xandinho falou sobre o projeto de lei que vai ser levado à votação com regras de funcionamento para as feiras itinerantes, a ser proposto pela Câmara após conversa com a ACIAMA. O encontro cumpre uma agenda de promover diálogo mais estreito com as secretarias municipais, como disse o vereador Mário Junior: “Queremos conversar, ajudar, fazer críticas construtivas”. Estavam o vice-presidente da Câmara João da Casa Franco, os vereadores Xandinho, Mário Junior, Ana Paula Destro, Elaine Freire e Anderson Dedé. O secretário foi à reunião a convite da Câmara, feito por requerimento dos vereadores Xandinho e Mário Junior, aprovado por todos os vereadores.  

Planejamento e parcerias

O vereador Mário Junior perguntou como tem sido o planejamento da Secretaria. O secretário disse que assim que assumiu a pasta procurou parcerias para viabilizar projetos. A primeira foi com o SEBRAE, o que ajudou a implantar o “Comida de Boteco”, evento já conhecido que já teve duas edições e que, segundo ele, tem tido mais participações, mas que não foi assim desde o começo: “Tive que fazer visitas de porta em porta para convencer os comerciantes que o evento seria bom para eles”. Outra parceria, segundo o secretário, foi com a Junta Comercial, que tem permitido a Secretaria ter acesso às informações sobre quais empresas vão se instalar no Município. Eleci falou sobre o evento Feira de Negócios que fomentou o comércio local e o Natal de Luz, segundo ele, dois eventos de sucesso. “Não temos condições financeiras, por isto temos feito parcerias público-privadas”, disse.

A produção de café e a qualidade da mão de obra

Perguntado sobre as questões relacionadas ao café, o secretário disse que o foco principal precisa ser a qualidade do café, para melhorar o preço e a competitividade no mercado. Como adicional, há necessidade de qualificação da mão de obra do Município, porque apanhadores de fora têm trabalhado aqui e os recursos deixam de ser investidos no comércio local. O vereador Mário Junior apresentou uma estimativa do valor pago a trabalhadores de fora nos quatro meses da colheita, cálculo com base em apenas 100 duplas, ou seja, 200 trabalhadores. O valor, somados os dias, chega a 2 milhões e 700 mil reais que são levados para outros municípios. E não são só 200 trabalhadores o que faz o número ser maior. Eleci disse que contratar pessoas de fora, sem saber a procedência, é arriscado e afirmou que conseguiu, através do Sebrae, um selo para atestar a qualidade do café, englobando a produção de Manhumirim, Alto Jequitibá e Martins Soares. Segundo ele a agricultura familiar tem foco na qualidade. O vereador Mário Junior tem defendido na Câmara planejamento para a administração pública e destacou que é preciso ter ações conjuntas com outras secretarias municipais, no caso do café, com a de Agricultura e Meio Ambiente.

O comércio local e a geração de emprego e renda

Manhumirim possui um comércio expressivo para uma cidade pequena, com supermercados investindo aqui, gerando empregos, mas há algumas reclamações recorrentes da população, como a prática de preços mais altos em alguns casos e a falta de bom atendimento, como disse o vice-presidente João da Casa Franco: “Falta comprometimento de alguns funcionários com a população”. Eleci também apontou a alta rotatividade dos atendentes, que não ficam muito tempo nos trabalhos, como fator que dificulta a qualificação, mas afirmou que isto não acontece só em Manhumirim. O vereador Mário Junior defendeu que se um atende mal, todos ficam com imagem ruim, pois quem vem a Manhumirim compra em vários locais: “É uma rede e todos estão interligados”.

Trazer empresas para Manhumirim

O secretário disse que é comum as pessoas reivindicarem que é preciso incentivar a vinda de novas e grandes empresas para o Município para gerar emprego, mas segundo ele, a cidade esbarra em uma questão fundamental, que é ter uma população pequena. Ele contou que conversou com uma rede hoteleira e a resposta foi que ela só investe em cidades com mais de 200 mil habitantes. Isto aconteceu em relação a uma rede de supermercados que só investe em cidades com população acima de 500 mil habitantes. “Como nossa cidade não tem como atrair empresas maiores, temos tratado com empresas menores que estão se instalando aqui’, explicou. Os vereadores Mário Junior e Xandinho disseram que quando o empresário vem, é preciso oferecer a infraestrutura que é de responsabilidade do Município em torno do negócio, como boa iluminação, calçamento, para que as pessoas tenham acesso com conforto e citaram as imediações do Supermercado Jacaré, indo para o Bairro Santa Rita onde é preciso melhorias. Eleci afirmou que já tem um projeto pronto para aquela área que deve ser executado até o final do ano, apesar das dificuldades financeiras.

Licitações

Outro tema abordado é em relação as licitações do Município. O vereador Xandinho disse que as empresas de Manhumirim não têm participado das licitações e empresas de fora acabam ganhando, com preços maiores. “Com preços acima do mercado a Prefeitura perde recursos”, disse o vereador. O secretário afirmou que muitos comerciantes não querem participar e há aqueles que não podem por falta dos documentos exigidos. Também disse que um comerciante se negou a participar porque demora uns 3 meses para receber. “E há comerciantes que são pessimistas, acreditam antes que não vai dar certo. Precisamos combater o pessimismo”, disse o secretário.

Abertura de comércio MEI

Perguntado sobre os Microempreendedores individuais (MEI), o secretário disse que o Censo Empresarial de 2017, feito em Manhumirim, mostrou que o Município possuía cerca de 800 MEI, e atualmente são 644, o que é bom, porque o restante deixou de ser MEI subindo de categoria. Ele também afirmou que os MEI têm atendimento gratuito na Prefeitura para abertura deste tipo de comércio. “Conseguimos dar assistência a, em média, 150 microempreendedores por mês.”

Empresas maiores crescendo e pequenas fechando

Os vereadores conversaram sobre uma situação que começa a acontecer na cidade que é a predominância de poucos empresários em detrimento de outros menores. Eleci disse que em Manhuaçu isto já aconteceu, mas o empresário começou a ficar sobrecarregado, sem conseguir atender a demanda, e ai começou a se prejudicar. “São situações do mercado, é a livre concorrência”, disse.

As feiras que vêm de fora

O vereador Xandinho mostrou o projeto de lei, que vai ser proposto pela Câmara estipulando regras para feiras que circulam os municípios e disse que vai convidar o secretário para uma reunião junto com representantes da ACIAMA. O vereador disse que é importante este diálogo das secretarias com a Câmara: “Vocês devem vir falar na tribuna, trocar ideias e podemos buscar ajuda financeira para realizar os projetos”. O secretário disse que todo apoio é importante. O vereador Mário Junior reforçou a ideia de trabalho conjunto também entre as secretarias: “O trabalho do poder público precisa ser sincronizado, pois um setor soma ao outro e todos ganham”.

Ind e Com 3 julho 1

Ind e Com 3 julho 2

Ind e Com 3 julho 3

À esquerda, vereadores Anderson Dedé e Xandinho, secretário Eleci Teles e advogado Filipe Segall, vereadoras Ana Paula Destro e Elaine Freire, vereador Mário Júnior e vice-presidente João da Casa Franco.